V I O L E T A

Paulo Cavazin ' ' Onde está Violeta? Onde está Violeta?!... Eu saí tocando viola. Eu saí tocando trombeta!... Quando voltei, "cadê" Violeta?!... Meu amor que fora tão belo!... Meu amor, eu lhe dera um castelo!... Porém, não sabia tocar violoncelo. Eu tocava viola. Eu tocava trombeta!... Eu vivia exaltando o amor de Violeta!... Eu lhe dei uma canção. Fiz serenatas, de violão! Mas, quanta coisa em vão!... Hoje não há mais viola. E já não se ouve a trombeta... Pois, nem o tempo consola o que senti por Violeta. Agora eu desafino... A amargura é meu destino!... Pobre violino!... Ah! Que tristeza de rima!... Mas quem perdeu Violeta, pode rimar "canecão" com "corneta"!... Ah! Se eu tocasse violoncelo... violoncelo e violão... violão e violino... violino e viola... viola e violinha... violinha e violeta... encontraria, finalmente, violeta!... Mas essa violeta, não é minha Violeta, que gostava de rabanete e se sujava de ovo frito. Será o Benedito?!... Ninguém ouve meu grito: "Onde está Violeta?" "Onde é que está Violeta?!!!..." Cala a boca, coração!... Não mais adianta gritar. O jeito, agora, é plantar bananeira... é virar pirueta... é esquecer Violeta!...

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